COMO A INDÚSTRIA DOS CARROS VENDE UM FUTURO IMPOSSÍVEL | Bike é Legal
Fonte: Canal Youtube Bike é Legal: COMO A INDÚSTRIA DOS CARROS VENDE UM FUTURO IMPOSSÍVEL
Video COMO A INDÚSTRIA DOS CARROS VENDE UM FUTURO IMPOSSÍVEL com Bike é Legal
Video COMO A INDÚSTRIA DOS CARROS VENDE UM FUTURO IMPOSSÍVEL com a jornalista e cicloativista Renata Falzoni do Canal do Youtube Bike é Legal.
COMO A INDÚSTRIA DOS CARROS VENDE UM FUTURO IMPOSSÍVEL
Renata Falzoni: Como a indústria automobilística vendeu o futuro e afetou as cidades
Renata Falzoni, uma defensora apaixonada por alternativas de transporte sustentável, discute como a indústria automobilística vendeu o futuro e afetou as cidades. Ela examina a história por trás desse processo e como as cidades europeias estão buscando se tornar mais pedestres e cicláveis.
O Futurama da General Motors: Vendas do Futuro
No início do século XX, a ideia de vender um futuro idealizado começou com a General Motors, que prometia um mundo onde dirigir resolveria todos os problemas. Esta estratégia de vendas se tornou uma tendência na indústria automobilística, vendendo não apenas carros, mas um futuro imaginário. Renata destaca como a quarta geração dessa estratégia agora promove veículos autônomos como a solução para o futuro, levando-a a intitular seu livro como “Autorama”.
A Revolução Radical das Cidades: A Dominância do Carro
No decorrer da história, houve uma mudança radical nas cidades, onde o espaço público que antes era para as pessoas, passou a ser predominantemente para os carros. A indústria automobilística buscou influenciar a opinião pública, transformando a culpa dos acidentes de trânsito da máquina e do motorista para as vítimas. A publicidade da General Electric, questionando a relação entre o tamanho dos carros e dos ônibus elétricos, além das penas brandas para acidentes graves, demonstra como a indústria influenciou a percepção pública sobre o uso das ruas.
A Ilusão da Tecnologia: Carros Autônomos e o Espaço Urbano
Renata questiona a ilusão da tecnologia prometendo um futuro perfeito, onde carros autônomos resolveriam os problemas de tráfego e ocupação do espaço urbano. Ela compara essa promessa com o uso eficiente que os trens e metrôs oferecem, enfatizando a absurda dependência dos carros. Ela adverte que a continuidade desse padrão levará a um desastre, não apenas em termos climáticos, mas também em questões econômicas e de mobilidade urbana.
A Revolução nas Cidades Europeias: Paris como Exemplo
Embora haja um longo caminho a percorrer, Renata destaca o progresso notável das cidades europeias, especialmente Paris, em direcionar esforços para serem mais amigáveis para pedestres e ciclistas. Ela elogia as melhorias observadas, incluindo a valorização do transporte público e a volta das pessoas a pé e de bicicleta. No entanto, ressalta a necessidade de solucionar as questões de deslocamento entre o centro da cidade e os subúrbios para criar uma verdadeira mobilidade integrada.
A Legalização da Proximidade: Desafios e Soluções
Renata destaca como as leis de zoneamento nos Estados Unidos segregam áreas residenciais e comerciais, forçando as pessoas a se deslocarem e contribuindo para a dependência dos carros. Ela destaca a necessidade de “legalizar a proximidade” como uma forma de reinventar a mobilidade urbana, permitindo que as pessoas vivam perto de seus locais de trabalho e reduzam a necessidade de condução.
Escolha do Futuro: Empoderamento e Alternativas
A discussão de Renata é centrada na escolha do futuro, enfatizando a necessidade de capacitar as pessoas a fazerem escolhas sustentáveis em seu deslocamento diário. Ela enfatiza que, em vez de vender soluções, precisamos de ferramentas que nos capacitem a fazer escolhas conscientes e sustentáveis. Renata enfatiza que há esperança, graças aos defensores e grupos ao redor do mundo que promovem alternativas de transporte mais sustentáveis.
Conclusão
Renata aborda as complexidades da indústria automobilística e seu impacto nas cidades, ressaltando a importância de empoderar as pessoas a fazerem escolhas conscientes e sustentáveis em sua mobilidade. Sua visão é de um futuro onde as cidades são planejadas para as pessoas, e não para os carros, promovendo uma qualidade de vida melhor e mais sustentável para todos.
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